June 24, 2009

As Good As It Gets

Porque agora nada tem sentido.
Porque agora quero voltar a trás, e fazer tudo outra vez.
Porque agora, já não posso.

Será que há mais?
Será que o horizonte trás aventuras?
Ou ficarei assim para sempre?

Sou invadida pelo conhecido, pelo normal, pelo igual. E detesto. Detesto chegar aqui e não saber se é aqui que quero estar.
Sou invadida pela confusão, que me deixa de rastos. Que me deixa com vontade de mudar tudo, e ao mesmo tempo nada.


Mas nego, nego com força. Nego isto a todos. Nego, se calhar, a mim mesma. Digo que estou bem, que nada se passa. Quando, por dentro, estou virada do avesso.

Há de passar, tenho a certeza...Irei acordar um dia, feliz. Feliz por nenhuma razão. Feliz como antes...
Até lá.

June 11, 2009

Lost

Como é que o Ministério de Educação quer que os meninos fiquem a desperdiçar as suas tardes a estudar, quando está um belíssimo sol a espreitar pela janela?
Quase que me prendo com cordas à minha cadeira, tanta é a vontade de fugir dos meus livros, que me observam sempre com a mesma cara monótona.

Salvem-me deste tédio.

Quando isto acabar, acho que não vou conseguir lidar com tanta liberdade...

June 02, 2009

Diving in Nothingness

Faltam precisamente três dias para o final do meu percurso escolar secundário. Daqui a três dias, nunca mais vou ver a maior parte das pessoas com quem me cruzo diariamente. Nunca mais vou ter de sorrir de forma forçada e simpática para as continuas, quando estas fazem perguntas indiscretas. Nunca mais vou-me sentar nestas cadeiras polidas pelo uso. Nunca mais.
É triste, de certa forma. Triste porque acaba a etapa da escola, a etapa da criançada (disfarçada de adulta). Agora passo a ser grande, e a ter outra forma de viver. Já não tanto subordinada às outras pessoas, porque o fim do secundário coincide com sair de casa dos pais.


E faltam precisamente 11 dias para atingir a maioridade de idade. Finalmente, serei adulta. Legalmente. Porque adulta já sou há muito.

Sinto-me leve, e ao mesmo tempo, demasiado pesada. É assustador, toda esta mudança. Esta mudança que apareceu do nada, que estava sempre ao virar da esquina, mas sempre muito longe. Assusto-me, ao pensar em tudo que mudará para sempre...Nunca voltará a ser como dantes. Nunca.

A Rebecca da escola deixará de existir, cede passagem à Rebecca da universidade.
A Rebecca que têm responsabilidades acrescidas, que cuida de si mesma.

Finalmente.

Anseio por isto há tanto tempo.