March 04, 2010

Torn in Two

Estas palavras nunca irão ser tão belas como as tuas.

Obrigado, obrigado pela sinceridade. Não esperava que fosses tão corajoso. Obrigado por me contares, mesmo correndo o risco de ficar ainda mais estranho do que já estava.

Admiro-te tanto por isso.

Lembro-me da nossa primeira viagem de autocarro, uma fuga ao tempo que passava tão devagar. E lembro-me de olhar para ti, em jeito de avaliação, e pensar "Hmmmmm...?". É óbvio que quando começámos a partilhar aventuras, e desventuras amorosas, o que quer que seja que me passou pela cabeça sumiu. Olhei para ti simplesmente como um amigo.
E tornaste-te tão bom amigo.
Amigo de simplesmente passear, falar, rir, estar. Amigo que nunca tinha encontrado antes no sexo oposto (sou notória pelas minhas relações amorosas com homens, mas não tanto por amizades).
Fiquei tão feliz com a nossa aproximação. Começava a conhecer um mundo novo. Mas, de repente, e sem eu perceber bem, fugiste. Já não me sentia tão tua amiga, ou necessária. Não queria perder-te. O teu silencio magoava-me, mais do que sentia possível.

Agora chega a parte em que não sei o que dizer. Sou muito do bla bla, muito das piadas sem jeito, em momentos inoportunos.
Porem, deixaste-me boquiaberta. A tremer.

Suspeitava, mas estava à espera que continuasses silencioso, contido. Não. Revelaste-te.
E gosto ainda mais de ti por isso. Sinto uma estranha mistura de emoções cada vez que leio as tuas palavras. Como se fosse tudo o que eu desejasse ouvir, e ao mesmo tempo, exactamente o que não queria saber. Leio-as repetidamente, vezes sem conta.

Porque como, como é que vamos continuar? Não te quero perder. Tens que me ajudar, sozinha não consigo.

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