November 05, 2008

Today

Menti.
Não passei o dia a sonhar. Não fui capaz.
Levantei-me e fiz todas aquelas coisas que sabia que tinha para fazer.



Quando acordam, começa. E acaba quando adormecem. O problema é que não acaba, porque começa de novo quando acordam.

É humanamente impossível não ser afectada. Existe uma tempestade constante, cortada por breves momentos de raios solares traiçoeiros que desaparecem tão depressa como apareceram.

Antes, quando o sol saia, sentia esperança. Agora, nem isso sinto. Sabemos que voltaremos a ser cobertas por nuvens negras e que a chuva voltará a cair.
Antes, preocupava-me. Agora, concentro todas as minhas forças em ignorar a tempestade. Vou sair dela um dia, para onde há sempre sol. Sinto tristeza, porque vou deixa-los para trás, mas é inevitável. Não é a minha tempestade.

Deixamo-la muitos dias com lágrimas a correr-lhe pelas faces. As lágrimas são de tristeza, de ódio, de pena, de amor e de paixão perdida. Às vezes, ponho-me no lugar dela e não encontro solução para fazer com que a chuva abrande. Sinto uma depressão enorme pela felicidade que já não sabe sentir.
Outras vezes, ponho-me no lugar dele, para equilibrar. Ele tenta, e ás vezes farta-se. Há um limite para tudo. Para os insultos, para as tentativas falhadas. Desiste durante um pouco e depois algo lhe dá força para tentar de novo, só para falhar outra vez.
E, a culpa não é da pequena. Os problemas já existiam antes, crescem já com raízes profundas. Sono e frustração pioram-nos. Mas a culpa não é dela. E espero que ela venha a compreender isso. Ou que, por enquanto, veja só o sol.

Á medida que cresço ganho clareza. Comentários que antes me deixavam perplexa, compreendo agora. Consigo afastar-me o suficiente para ver os dois lados, as duas opiniões. Ás vezes dou a minha opinião, mas abstenho-me muito. Não quero tomar uma posição.
Ambos lutam por nós, de maneiras diferentes. Sei claramente que se chegar um momento em que temos que escolher, começo a andar e não olho para trás. A escolha é impossível. Ninguém tem o direito de me pedir para escolher. Não é um poder que possuo.

1 comment:

  1. estás errada.

    a tempestade é tua.

    mas não és bombeira, nem militar para andares a compor os estragos.

    a tempestade é tua.

    a destruição não.

    :P

    luvya

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