Obrigado
Mostras-me todos os dias o quanto me valorizas. E naquele dia, mostraste-me mais do que nos outros milhares de dias.
Bastava teres contado a vontade, e ter-te-ia perdoado instantaneamente. Mas continuaste a mentir. E cada vez que afirmavas que não tinhas sido tu, enterravas-me mais, a luz ficava cada vez mais distante.
E as mentiras escorregavam-te da boca, com facilidade. Estavas indiferente ao meu sofrimento: não era a tua vida.
Deixaste-me chorar, chorar, chorar. Afogava num mar de lágrimas, e supliquei para que contasses a verdade. Nada fizeste para me confortar. Jurei que te ia magoar tanto se um dia soubesse que tinhas sido tu. Manteve-se a tua indiferença.
Mais tarde, soube que mentiste. Descontrolei-me. Quase que deixaste de existir. Disse-te apenas meras palavras, quando me apetecia esbarrar contigo contra a parede. E tu, pediste para eu te fazer isso mesmo. Parecia que querias que eu te magoasse, como se isso diminuísse o teu sentimento de culpa. Não o fiz. E ainda bem, porque olho todos os dias para ti, e lembro-me das palavras que te disse, as palavras que bastaram.
Podias ter feito estragos enormes, não tens o direito de brincar assim com a vida dos outros. Não é da tua conta. Competia-te apenas contar a verdade. E não o fizeste. Foi outra em teu lugar.
Espero infinitamente por um pedido de desculpas sincero, mas esse nunca mais chega. Se eu deixar de esperar, deixas de existir.
Escolhe.
February 26, 2009
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:(
ReplyDelete(it's all i have to say)