Estou aqui há meia hora a tentar perceber o que deva dizer, ou o que quero dizer. E ainda não percebi.
Acho que devo começar com um pedido de desculpa, pois tenho a perfeita consciência de que não estou a ser a pessoa mais perfeita do mundo.
Sou invadida por um sentimento estranho, que me faz ser má, e reagir de forma infantil.
Não gosto de me sentir assim, necessitada, sempre a resmungar, nunca satisfeita. Sempre a empurrar-te para um canto, quando o que realmente quero é que nunca mais me largues.
Não quero ouvir sobre as tuas amigas, e os seus atributos físicos maravilhosos.
Não quero ouvir que até marchavam.
Mesmo sendo num tom de brincadeira, não consigo encontrar a graça.
Quero ser egoísta, e ter-te só para mim.
E detesto-me por ser assim. Eu não sou assim. Sempre fui pessoa liberta, sem problemas com quaisquer comentários, ou atitudes. Levava tudo com a maior das calmas.
Agora viro-me de costas, e fico amuada, em silencio.
Parece que as tuas palavras ampliam a minha insegurança, que apareceu do nada. Que me reduz a lágrimas salgadas, incompreensíveis.
E tu não tens culpa de nada. Fazes coisas tão bonitas. Esforças-te tanto. Gosto de ti.
Preciso de ser salva. Não sei onde parar, ou como parar.
April 19, 2010
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