May 09, 2010

I Love My Mum


Cerca de 18 horas de condução.
A cerca de 1500km de casa.
Milhares de conversas estranhas, intimas, simbólicas, engraçadas.

A minha mãe é uma super mulher. É a minha heroína.
Saímos de casa ontem, por volta das 10 da manha, com lágrimas a ameaçar. Dizer adeus, nem que seja por pouco tempo, é sempre difícil.
Portugal passou a voar, com a ajuda do telefonema com o Tiago.
Espanha estendia-se à nossa frente, parecendo interminável no mapa. Mas conduzir numa auto-estrada basicamente deserta é incrível, embora cansativo.
Perdemos-nos na paisagem bela, picotada por mil e uma igrejas e casas lindas. E depois perdemos-nos mesmo, algures no Reino de Navarra.
De volta à rota, a caminho de Francia. De repente, em território dos avecs, onde dois cafés que custam a engolir valem 5€, e onde as portagens são tantas.
A minha mãe continuou noite a dentro, até o cansaço vencer. 3 horas de descanso, e de volta à estrada.
Chegámos a Saint Malo às 7h35min. Correria, e conseguimos chegar a tempo do ferry das 8h. Milagre. Milagre.

Mortas, cansadas, a ver tudo torto.
Mas vivas. Sorridentes.
E contentes.

Fiquei a conhecer a minha mãe de uma forma diferente. Quando estamos a tentar não adormecer, falamos de tudo. Tudo. Partilham-se experiências, dão-se opiniões, conselhos.

A minha mãe é incrível. Tem tanto força.

É minha amiga.

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