April 03, 2009

Post Mortem

Acabou. Passou.

Voltei ontem da minha viagem de finalistas, a Lloret de Mar (obviamente). Um pedaço de Portugal em Espanha, em que os portugueses berram mais alto que os espanhóis, e bebem mais, e dançam mais. Um cantinho invadido todos os anos pela juventude liberta, com vontade de fazer a festa.
Parti de Portugal com um misto de esperanças, e com borboletas no estômago. Havia um horizonte por descobrir, e mil aventuras ao virar da esquina. Supostamente. Sei só que quando cheguei, encontrei desilusão. O tempo estava cinzento, o vento soprava, o hotel era medíocre, e as pessoas pouco apelativas.
Partilhei quarto com uma das minhas melhores amigas, e um amigo dela. As primeiras horas foram passadas num silencio um pouco constrangedor, ás apalpadelas para descobrir e personalidade do outro. Fiquei contente. Não nos calhou um animal da noite, nem uma pessoa antipática. Calhou nos um rapazinho do norte, de poucas palavras, mas de uma enorme gentileza.

Passávamos os dias no quarto, a jogar às cartas, a falar pelos cotovelos, a tirar fotos e a ligar para outros quartos. Os dias passavam num sopro, e a noite chegava, e com ela toda a preparação feminina necessária para sair. O rapazinho do norte ficou a saber mais alguma coisa sobre o funcionamento das mulheres, e as horas que demoramos a escolher roupa, a maquilhar, enfim... Noites em bares/discotecas engraçadas, algumas filas, muita gente bêbeda, e alegre.

Acho que irritei um pouco a minha amiga. Não, não acho. Sei. Aproximei-me do nosso colega de quarto, e encontrei alguém com quem falar. E ele também. Resultado-sentimento de exclusão por parte da amiga. Não o fiz por mal. Perdi-me.Chegámos ao final da viagem a falar com monossílabos. Espero, sinceramente, que isto passe. Repito, não o fiz por mal.
Vale a pena ficarmos zangadas por algo tão parvo?

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